4.9.10

tinuska & antonino


o pires com queijo e palitos a postos. um fino por vir. 
é hora do lanche. como sempre.
ele foi aos correios. ela fala-me das suas proezas em hospitais, dos duelos com médicos, de credenciais. e fá-lo com o entusiasmo de uma versão melhorada e optimista daquelas cujo ritmo e cadência é de arrasto. não tem medo de nada. e colecciona operações. as suas e a dos outros.
ele chega com o brilho de olho azul. e dois finos.
consome-se o tempo em malabarismos de novidades e risos. acaba-se o queijo. 
fotografia das suas raparigas, mulher e mãe. bengala hoje-patrícia e segue.
ela continua. desenfreada. sobre este e aquele.
escondo figas para que o passado a inspire e me conte como era.
nela há sempre uma nova personagem e algumas histórias repetidas. eu gosto-mesmo de a ouvir mas não lhe digo.
nele há uma admirável constância e um sentido de humor que aparece sempre de surpresa. às vezes pergunto-lhe se está triste e ele responde quase sempre que não.

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