21.10.10

o homem do boné



descer a avenida com os olhos trepidados, agarrados como podem à janela. tropeçá-los em dois queria-tanto-ser-herói de músculos ao léu. e em duas paragens, ei-lo! apinhado. 
duas senhoras atrapalhadas porque se lhes escapou a paragem. e duas outras, menos senhoras, engalfinhadas. uma cheia de coragem e a outra cheia de razões. imediatamente, dois partidos. o da mulher de trás e o da rapariga da frente. 
o motorista em duelo físico com a porta que não fecha. e a vizinha a pôr ordem no quatro.
dia vinte e quatro isto pára tudo. já disse na câmara.
 boné gasto, kispo e colete reflector.
dois a dois sentados e nem mais um pio.


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