9.10.10

o rapaz-tímido da máquina



no intervalo, para lá do balcão imenso, o rapaz-tímido perante a máquina. fato preto, avental vermelho.
então esse café? o pequeno-chefe a marcar o compasso.
e o rapaz-tímido curvado sobre a máquina, tirava cafés, espreitava a barriga da máquina, desbravava vapores e continha as loiças. tudo com mãos ágeis e de gigante.
recomeça o concerto e o maestro, de super-poderes anunciados e em pontas, desenha histórias suspensas e vivas sobre os ombros da orquestra. o público-sentado encantava-se com o feito. 

e no balcão, o rapaz-tímido da máquina atava o avental ao pescoço e voava.


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