15.11.10

armando, um anti-herói

de sorriso largo e cabeça em desalinho, revira os olhos quando a vida se inclina. não promete nada e baralha o que diz. solta trejeitos e tropeça entre suspiros. arranjou um emprego e é clandestino. 
é que ele não cabe entre as paredes do sistema, é dispensável e incómodo, e troça de quem usa capacete quando na sua cabeça rebate apenas o eco do mundo. o eco e o que lhe cabe do desassossego dos outros. e destemido, ri-se todos os dias deste mundo-plano.


as afinidades também se criam nos acasos. e 
entre os mais ou menos imperfeitos.

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