é um facto. cansada e agarrada à lancheira, atordoada de luzes, cruzei-me com um herói. não estava fardado porque nem sempre pode. mas protege muita gente e coisas de outras coisas e gente.
nem tive de lhe fazer muitas perguntas, nem de abrir muito os olhos porque ele contou-me tudo em meia hora de filme e dois cigarros. e eu nem me atrevi a acabar ali e depressa a fatia de almoço que restava. nem a olhar duas vezes para o relógio.
a verdade é que ele tem uma vida do arco da velha e de turnos rotativos. corre atrás de vilões e de outros mais sofisticados. intercepta o mal disfarçado de bem. mantém-se firme perante qualquer investida. detecta intenções inimigas e salva carteiras e senhoras.
é que ele tem um sistema de sensores extremamente avançado para além do bem e do mal. visão de raio-x e de equilíbrio e fato justo de integridade.
e tem a ajuda de uma sancho-pança.
de boina e que lhe dá pelos joelhos.

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