25.1.11

harikama, um anti-herói


harikama trabalha quando pode e gasta o que tem. em raspadinhas, uma vez por semana.
compenetrado e nervoso, raspa sete de uma assentada. com a unha do dedo cinzento, na esplanada dos homens  da mesma cor.
harikama sonha com raspadinhas. colecciona as quase-que-eram-premiadas. e há-de pôr a reforma para a troca. 
gere, como sabe, as expectativas de uma vida e salva-se a si de cupão em cupão.



é que para ele o futuro vem em cartão fino e premiado. 
o resto são palpites.



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