comer bacalhau com grão e arrotar cebola o dia todo. rir com a olga que quer trabalho e ser feliz, sem marido nem carro. apertar a mão a um pugilista e soldador que treme os lábios quando explica qualquer coisa mas que não hesitou quando acertou o passo ao sobrinho do patrão. e com razão, por trezentos euros em tribunal. correr para o fotógrafo com um rolo de 120 debaixo de chuva e escorregar no balcão. ao lado da freira com o cachecol a combinar com o hábito cinzento. aliança baça do casamento sagrado. e seis fotografias inclinadas e bem contadas. ai estão-bonitas-estão, e só porque deus e a máquina do senhor assim quiseram.
tudo mais ou menos a preto e branco,
das três da tarde em diante.

Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.