antónio barbudo subiu a custo a rua do café. a única que existe entre o douro e o monte. para esperar e cravar cigarros enquanto segurava entre os dedos tortos uma flor.
ali esteve engelhado, enquanto quis e pode, a vincar os veios ao passeio e a acenar aos carros que passavam. de flor na mão. apanhaste-a no jardim da estação, seu gandulo? e ria-se, encardido. de flor ainda viva na mãos.
até que chegou dona são, velha e franzina a atirar o queixo para a frente. que fazes tu com essa flor, antónio? apanhei-a para dar a uma velha. e deu-lha e ela riu-se. e desceram a rua, de braço muito dado.

gosto muito. muito mesmo. :)
ResponderEliminarLindo. Nota sublime sobre o prazer simples de dar e receber uma flor.
ResponderEliminarQAUNDO FOR VELHINHA QUERO QUE O MEU AMOR ME DÊ UMA FLOR ROUBADA NA ESTAÇÃO...LINDO
ResponderEliminarCorneta