27.3.12

marlene minúcia

consideremos um quarto esterilizado de poeiras quietas. pontos, depois, dois pontos cruzados de um lado e marlene minúcia do outro em disputas de um corpo deitado, com tremuras internas e um medo distendido.
poeiras que fazem rufar tambores, aos soluços, enquanto marlene minúcia, enfrenta o dilema com calma e habilidade. o corpo abismado que sustém o ar. e marlene minúcia de cotovelos à frente e mãos que não tremem, curvada sobre os pontos. silêncios muito brancos e prolongados e marlene de agulha subcutânea na diagonal. os pontos hesitam, estendem-se na compressa, e marlene triunfa. o corpo pesa agora todo sobre o papel branco.



mas raio do ponto de cruz.



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