13.12.10

ajudantes de contradições, vilões com guizos




uma mulher curvada arrasta o pinheiro de plástico no sentido contrário ao da água. daquela que escorre dos guarda-chuvas encostados, no autocarro de novembro.
três semanas depois, bacalhau em alguidares e receitas demolhadas. por aí, aos cantos.
em dezembro, pais natais pendurados, dia e noite, nas janelas de todos os vizinhos para convencer todos os meninos. na ilusão de um para cada um.
numa grande superfície, música de natal. olha agora dão canetas! para que é que eu quero canetas? se dessem era comida... pois, comida. sob a ironia da abundância com luzinhas intermitentes.
listas de prendas, de pessoas à mesa e de contas à vida entre o dever e o equivaler. e as declarações desavergonhadas sobre a fome em portugal quando  em 2005 eram outros mil, mas coravam os alheios de bochechas ao frio.

depois disto,
só um presépio de playmobil.



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