à conversa com roman sobre o que fez em dez anos de Portugal, ele responde sempre como fez.
eu insisto em funções e ele em turbinas, circuitos, tensões e componentes enquanto ergue com gestos a bancada de trabalho.
já foi mecânico, electricista, soldador e serralheiro. mas ele insiste é em explicar detalhadamente como se monta um autoclismo ou como se utiliza uma máquina de soldar a pontos. mesmo que eu não perceba nada do assunto e largue os olhos e o cérebro desnorteados atrás da explicação veloz.
perdida, arrisco se sabe trabalhar como forneiro cerâmico. esclarece que só tem de ver fazer uma vez. e prossegue com uma explicação breve sobre o funcionamento de um forno dos outros.
estou eu longe e em segredo, a imaginá-lo como operador de carrossel quando ele saca do telemóvel e pergunta-me se conheço aquela e outra empresa em fotografias de anúncios de emprego do jornal do dia. procuro a empresa e zás! outra foto. desta vez, ao monitor onde aparecia a morada da outra.
eu rio-me exausta e ele, todo tecnologia! todo tecnologia!, orgulhoso dos seus super-poderes.
acertamos um novo plano e ele desbobina uma despedia: boa tarde, bom fim-de-semana e até para a semana. obrigado! e lá foi,
de circuitos integrados ao peito.
E eu que de vidros binários faço aquários!!!! Que de aquários faço ribeiros que invadem o asfalto! E nos ribeiros, vejo tentáculos que se espreguiçam pelas serranias!
ResponderEliminarPorque não me perguntas a mim se eu sei fazer pudim do abade de priscos? Não me perguntes se sou doceira porque essa função é exclusivamente tua. Fazes doces com e sem açucar. Não sei qual dos 2 tipos é o melhor. Os de açúcar saboreia-os o corpo. Estes, saboreia-os a alma. Que tb é a dias como os teus heróis....
ResponderEliminar