21.12.10

podia ser rosa


de medo, sobre espinhos.
vestida de reverência a cada pergunta. com olhos que fogem e mãos que se contorcem.
procura trabalho numa cidade que não conhece. e faz equilibrismo numa vida à força. com tudo o que tem e o que lhe quiseram tirar.
podia ser rosa.

mas hoje e 
a ela, uma vida de veludo.



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