22.12.10

a senhora da frente



no centro de saúde, a lançar laços de espera com a senhora da frente. sobre a hora coincidente da consulta, a antecedência da marcação, a demora e os berros do goucha.
já avançadas na amizade que uma sala de espera nos dá, quando me chamaram primeiro. olhares cruzados e silêncios indignados. com o goucha calado entre mim e ela.
lá entrei e lá saí. à pressa e a tropeçar nos sinais de ressentimento legítimo. fui almoçar. e no outro lado da cidade, cruzei-me de novo com ela. cumprimentámo-nos de acenos e rimo-nos de mais uma coincidência. fizemos as pazes.



e acho que ficámos quase-amigas outra vez.



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