ele estava isolado. as paredes sempre azuis e cada vez mais claras. e estava preso, pela mão direita ao aparelho que lhe estilhaçava a cabeça, cinco ou mais vezes por dia. da janela, mais azul. do céu e das sirenes.
deitava-se de lado e batia os dedos dos pés no silêncio. como os cães quando sonham. parava o pensamento na luz suspensa. como os velhos sem televisão. e imaginava vida nas paredes. como as crianças e as sombras.
um mascarado perguntou-lhe se estava ansioso pelos resultados. e ansioso estava ele por saber das refeições, tabuleiros de eventuais novidades entre a batata e a cenoura cozidas. e da janela avistou uma casa.
dias sucessivos. entre o nervoso latejante de adivinhar o doce de pêssego que lhe destinavam para o pão e o resultado das análises. e à janela acrescentaram árvores.
até que o céu nublou e o doce veio de morango. o mascarado-chefe informou-o dos resultados. e à janela, gente.
amanhã estaria livre.
tomara que esteja.

e os resultados chegaram... estava livre!
ResponderEliminarem cheio! agora mesmo!
ResponderEliminarque bom ter.te cá fora novamente!! beijão
ResponderEliminarUfa! beijo
ResponderEliminarE hoje li, por ai algures, umas palavras...maravilhosas, que passo a deixar aqui, pois acho uma boa política. "Assim é a vida. Cair sete vezes e se levantar oito". E fique a saber, que tem ajuda para se levantar, sejam oito ou oitenta vezes :)!
ResponderEliminarBeijinho
Bárbara