neste meu verão imaginário há mil pés em areia lá longe. e sol nos ombros já sardentos sobre algumas capas estendidas. há música a correr sobre o alcatrão quente e heróis cansados à tardinha. há sestas com filamentos de sal nas faces e sonhos acordados de pernas ao léu. e há partidas de súbito para afogar saudades. memórias e fatias de melão nas matas. alguidares ao relento, tendas nos quintais, e o país lá dentro. chinfrins nos tanques e piscinas, com espinhas ainda encravadas nos dentes. e dedos salgados a contas com os tremoços, em odes ao campo e regressos precários. e cidades vazias com heróis acocorados nas esquinas altas do céu limpo.
tudo de poeiras e de insónias, desde aqui. deste pátio. enquanto conto os rastos aos caracóis e aos heróis que as auroras preservam.

Chove e hoje recito alto o teu memorando.
ResponderEliminarParafraseando, a tia Ana, "uma pérola" envolta em areia, sol, amena frescura de tardes no pinhal. E cascas de melão, relicários do pestanejar de um Estio que não queremos adiado. Beijos, Marta! Adoro o que escreves e como escreves...
ResponderEliminarJá sei como é que vou recuperar os meus 3,5% do IRS.
ResponderEliminarVou para uma praia de acessibilidade dificil sem comércio por perto. Levo comigo um tacho com bifanas prontas, e uma geleira cheia de calipos, cerveja fresca, aguas e sumos. Por cortesia, ofereco um papelito com esta tua última frase a qualquer freguês que gaste mais do que 5 euros na minha banca. ( se não fosse ela, lá ia eu pensar nisto por mim...) :)
beijoooo