tem no rosto os sulcos que água lhe fez quando lhe toma a face em quarenta e oito anos de braçadas no mar. e usa uma touca de banho como aquelas que usamos na banheira a medo de cabelos molhados.
nadadora de sempre, mais tarde por conveniência eterna porque enfraquecida pela vida, foi ao oceano beber a vontade de viver. e é a ele que regressa todos os dias, sem condições. abre a porta de casa, atravessa a rua e desce até ele. há quarenta e oito anos, nas ilhas faroé.
nadadora de sempre, mais tarde por conveniência eterna porque enfraquecida pela vida, foi ao oceano beber a vontade de viver. e é a ele que regressa todos os dias, sem condições. abre a porta de casa, atravessa a rua e desce até ele. há quarenta e oito anos, nas ilhas faroé.
e todos os dias de manhã, corre as cortinas para o ver, numa atracção que sente imediata. maria á heygum diz que é estranho. e eu acho que pode ser um super-poder. a ele tem de ir, todos os dias, e tanto lhe faz onde morrer. no mar ou em terra. porque a ele voltará sempre a não ser que deixe de conseguir caminhar até à costa.
maria á heygum é de água e ondas. e com ela me vi hoje com água pelos joelhos, ainda a hora era de atendimento.
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