ninguém nos tinha convidado e nunca, no início, soubemos ao que vínhamos. e deram-nos o que fazer e coisas em que acreditássemos. deram-nos o nós e a vida de barro. e houve quem fizesse o que bem entendeu.
ninguém nos disse foi que as coisas mudam e partem e ausentam-se. e que antes de aqui chegarmos, já o seríamos. mas que tudo se cria e que tudo se nos pode escapar. e que há tempos de equívocos, de medo e de combate. que de tão duro até ao fim e mais colectivo que outros, nos deixa estarrecidos. nisso de querermos ser felizes, nisso somos todos primos.
e quanto ao resto, são réguas que medem o justo que nesta terra havia de ser outro. que é inadmissível que tanta gente com tanta vontade de ser feliz, se deixe embrenhar em contradições velozes e cantos de sereia rouca. ninguém nos tinha convidado. mas já que o fizeram, ao menos que o jantar seja para todos.
Patxi Andion - Con toda la mar detrase que o brado da terra nunca se canse do nosso lado. |
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