os acasos deixaram em cacos o chão que lhe coube em sorte. ai, pedaços de chão por todo o lado, e de tamanhos que juntos só fariam carreiros. e clarinda atordoada, de mãos a escorregarem da cintura e os olhos empoleirados nos pedaços desse chão, a ver a vida mal parada.
é que se a vida não se faz numa ampulheta, para clarinda a areia dos dias escorregava sem parar.
até que um dia, ai clarinda se não é verdade, tu decidiste que eras capaz disto tudo mais os amigos e os heróis familiares. como a ginasta de oitenta e seis anos, rija, forte e feliz, dos trinta em diante.
e o américo que se ponha fino, que se de calçadas percebe ele, tu refazes chãos com os olhos lá longe.
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